terça-feira, 8 de março de 2011

SOMOS OS MESMOS E NÃO SOMOS IGUAIS



Para efeito de compreensão e em curtas palavras, correndo o risco de não apresentar as questões com a profundidade que esses assim merecem, e para que o texto não se torne enfadonho por se tratar de um ‘post’, estarei aqui apresentando um estudo de caso para podermos debater a questão da ética, do comportamento e das relações culturais.
A imagem, a fala e o comportamento do professor estão constantemente em foco; seja pela direção pedagógica, pela coordenação da instituição de ensino no qual leciona, pela sociedade e principalmente por seus alunos. Uma das questões surgidas é; o professor pode exprimir o seu ponto de vista, as suas ideologias e sua subjetividade enquanto indivíduo de um meio social? Essa questão nos leva a refletir sobre outras discussões, por exemplo, a ética profissional está acima das subjetividades do sujeito? As questões abordadas pelos profissionais de educação em sala de aula deveriam ser vistas de forma imparcial?
Em 2009 foi levado a público pela imprensa brasileira (Jornal Extra 26/1/2009), onde uma instituição de ensino deu nota de desculpas após ter sido processada por um dos seus alunos, que alegava ter sido acometido de intolerância religiosa por parte de um de seus professore(a)s. Ele afirmava que sofrera humilhação pública ao chegar em classe com traje de ritos afro (Candomblé). Observamos, a partir dessa situação, que um dos problemas éticos mais sérios com que se defrontam as instituições escolares são aquelas situações que envolvem humilhação e a exposição pública dos alunos e subordinados. Sabemos que eticamente esse profissional estaria equivocado; a prática pedagógica da humilhação não poderia servir de apoio para os educadores. No entanto, o que chama atenção nesse caso, não seria à discussão, nem o processo, e menos ainda a nota contra intolerância, título dado pelo jornal ao artigo. Mas o que sinaliza essa situação especifica é o afloramento das diferenças, fruto de uma história que possibilitou esse antagonismo cultural.
Não podemos compreender um indivíduo sem sua personalidade, sem sua ética, fincada e formada por influências [socialização] diversas, como a cultural, história, o ambiente familiar e de leitura de mundo. Todos os professores são pessoas morais, o que não significa que tenham postura ética em todo momento. Todavia, a práxis docente não o impossibilita de se expressar pontuando o que não é sua verdade. Para muitos, postura ética; seria um conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em prática no exercício de qualquer profissão, ou seria a imparcialidade do profissional em assuntos específicos.
Como podemos observar, as injustiças e os preconceitos não serão removidos, doravante, por imposições, e menos ainda por sanções legais; mas pelo conhecimento, entendimento e discernimento das dimensões do diferente e principalmente pela experimentação das culturas e sociedades.

Edson Lima – Graduando Bacharel em História

3 comentários:

Anônimo disse...

Ms q porra é essa q esse cara escreveu?
não entendi nada...

Flávia disse...

Muito interessante!acredito sim que as mudanças no indivíduo só ocorrerão quando o homem se conscientizar de sua verdadeira missão e sentido do por que está vivo. Ele precisa compreender mais o outro.Acredito sim que as mudanças sociais partirão de uma verdadeira educação transformadora que os façam torna-los homens de bem. Segundo Paulo Freire " a educação modela as almas e recria os corações".

Leon Calvão disse...

Eu acho que essa questão é bem relativa. Acho que o professor ser totalmente imparcial não é bem o caso. O aluno precisa conhecer a imparcialidade sim, mas tem que conhecer também alguém que tenha uma opinião diferente da dele e do "senso comum".Quanto aquela parte da situação do aluno discriminado por ser candomblecista, acho que essa situação é um conjunto de fatores que resultaram no caso citado. Devido ao histórico de preconceito do país, o fanatismo religioso de hoje que é muito forte e a incapacidade do ser humano de aceitar o diferente acontecem esses incidentes de humilhação e constrangimento nas escolas. Mas podemos observar isso não só nas escolas mas também na vida como um todo.